O que a música pode fazer por você?

A música possui papel principal no molde da estrutura e funcionamento neural, criando novos estímulos mentais e obtendo uma gama de novos aprendizados, gerando o aumento de capacidade de absorção de informações.

As evidências científicas sugerem que até mesmo um pouco de treinamento musical (principalmente em pessoas mais jovens) pode moldar o desenvolvimento do cérebro, melhorando a capacidade de processos. Pode-se destacar as seguintes áreas com uma representatividade significativa da influência musical: cognitiva, profissional, social e emocional.

Área cognitiva

Uma pesquisa liderada pelo cientista Teppo Sarkano conclui que a exposição à música estimula a atividade cognitiva e age até mesmo sobre áreas cerebrais afetadas por derrame, auxiliando ainda na atenuação da depressão nesses pacientes.[1] Quando se tem um envolvimento com a música, nossa percepção é aguçada diante de outras atividades do cotidiano, tendo em vista que, na qualidade de sequência temporal de sons articulados, a distinção das características que envolvem intensidade, altura e qualidade, nos torna mais capazes de administrar os estímulos recebidos do meio externo. A junção desses impulsos acarreta em uma melhoria na memória, na atenção, na já mencionada percepção e na linguagem, onde passamos a nos expressar de uma forma mais livre.

Área profissional

Quando tocamos um instrumento junto a outras pessoas, nosso objetivo é alcançar uma harmonia durante sua aplicação técnica, ao buscar esse propósito, nosso trabalho é realizado com maior cautela e atenção aos detalhes, respeitando o tempo das coisas e, a lógica organizacional do planejamento estratégico e o trabalho em equipe. Ao longo do tempo nossa autoconfiança é estimulada, junto a outros processos como a organização, a abertura para críticas, a gestão de tempo/produtividade, e um diferencial cada vez mais procurado pelos recrutadores no mercado de trabalho: a criatividade.

Área social

Quando envolve-se muito com a música, percebemos uma ressignificação em nossa identidade, a percepção que temos de nós mesmos e do lugar em que estamos inseridos é ampliada. As ferramentas oferecidas pela arte, no geral, nos instigam um olhar mais subjetivo a respeito de nós mesmos, já que é vista como uma forma de expressão, uma linguagem universal. Muitos artistas utilizam a arte para se expressar a respeito de momentos históricos, como podemos observar o grande uso de metáforas nas canções de Chico Buarque durante o período de regime militar.

Área emocional

Seguindo a lógica citada anteriormente, onde a arte é uma ferramenta de expressão, a improvisação musical vem sido utilizada como uma ferramenta que revela aspectos armazenados em nosso subconsciente influenciando em uma dimensão fisiopsíquica, que silencia males fisiológicos e psicológicos. Segundo Patrícia Vanzella, Coordenadora do projeto Neurociência e Música, da UFABC, “A música  é uma coisa que a gente costuma pensar do ponto de vista das ciências humanas, como produto cultural. Mas o impulso de fazer música é universal, caracteriza o ser humano assim como a linguagem, o falar.” [2]


Referências

  • [1] ANTUNHA, Elsa Lima G. Música e Mente.Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, v. 30, ed. 1, 2010. DOI ISSN 1415-711X. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2010000100016#1a. Acesso em: 3 jun. 2020.
  • [2] NEXO JORNAL LTDA. Por que a música nos emociona, segundo a neurociência.. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2019/03/13/Por-que-a-m%C3%BAsica-nos-emociona-segundo-a-neuroci%C3%AAncia. Acesso em: 3 jun. 2020.

Posts recentes

Melhor Escola de Música de Curitiba

Celebramos uma grata conquista, recebemos o Título de “Melhor Escola de Música”, concedido pela Agência Midaz.  A premiação celebra a relevância, qualidade, inovação e excelência

Read More »